´´Convém que Ele cresça e que eu diminua´´
Tantas vezes já lemos, ouvimos e até mesmo falamos essa linda frase bíblica sem notar e sem examinar a sua profundidade, a sua relevância e o contexto em que foi proferida. Te convido a fazer isso nesse instante.
A princípio é necessário destacar a pessoa de João Batista, um homem escolhido por Deus para, ao meu ver, fazer a obra mais honrada e mais linda que um homem poderia realizar. João veio abrir caminho para o Messias, veio preparar o terreno para a grande colheita de Jesus Cristo. A voz do que clama no deserto, como profetizou Isaías, teve uma vida separada, era um nazireu, e até meados dos seus trinta anos foi preparado e moldado por Deus para cumprir o seu chamado.
O ministério de João Batista foi tão curto quanto intenso, durou cerca de um ano apenas; no entanto, foi capaz de incomodar e de mudar vidas, a ponto do rei Herodes relutar, em um primeiro momento, a matá-lo por temer à reação popular.
João Batista era fiel e ousado, não temia fazer a obra a qual Deus lhe havia outorgado responsabilidade. Ele pregava a verdade sem meias palavras e sem nenhum receio de ser mal encarado ou mal recebido, pois pregava o arrependimento e o batismo para a purificação dos pecados, com isso ele acabou tendo inimigos,formado, na maioria, por aqueles que não se arrependeram de seus erros.
Todo o reino comentava muito sobre quem era, de fato, João; questionavam entre si se seria ele o Messias prometido, se era o profeta ou se era Isaías. Mas João não queria glórias para si, na contramão de se vangloriar, ele sempre fez questão esclarecer que ele não era o Cristo, além de destacar a figura e a importância daquele, tanto que ele disse as palavras do título dessa reflexão na presença de Jesus e na frente de uma grande multidão. Naquele momento João colocou Jesus no centro das atenções, o entronizou, o mostrou ao mundo como o Messias, o Salvador das nações. João Batista não quis ser mais do que um instrumento para a obra magnífica que estava prestes a ser realizada através de Jesus. João não quis glórias para si. E isso é um dos fatos que o torna tão importante e tão especial.
A magnitude da figura de João Batista para a história do cristianismo e da humanidade não tem como ser mensurada, uma vez que os frutos do seu ministério abriram caminho para que Jesus cumprisse as profecias; isso não tem valor. Lembremos que o próprio Senhor Jesus fez questão de destacar a pessoa de João Batista, quando disse que nenhum homem nascido de mulher antes de João foi maior do que ele, nem mesmo Abraão, Davi, Moisés, Elizeu, Samuel ou tantos outros grandes exemplos da Bíblia, e Jesus completou a frase dizendo que o menor no reino dos céus é maior do que João Batista, ou seja, mesmo o menor nos céus é tão importante para Deus e tão amado por Ele que o Senhor não o distingue em nada de João.
CONCLUSÃO
João foi uma pessoa simples, que manteve a sua humildade e sua submissão ao Pai mesmo quando se tornou um homem conhecido de todo o país. Ele não perdeu a essência do seu dever, não desvirtuou do seu objetivo principal, que era pregar o arrependimento de pecados e ser o precursor de Jesus.
Após essa breve explanação sobre a importância e a grandiosidade da pessoa de João Batista através da sua vida e das suas ações, quero fazer umas perguntas que não devemos nunca fatigar em nos questionar, pois são de grande valia para o nosso crescimento como cristãos:
- Será que as palavras de João Batista, que dão título a essa reflexão, transmitem uma verdade das nossas vidas?
- Vivemos para que o nome de Jesus seja engrandecido através de nós?
- As pessoas olham para nós vendo a face de Cristo?
´´A igreja seria outra se os pregadores do evangelho, se os pastores que cuidam do rebanho, se os mestres que ensinam a Palavra, se os operadores de sinais e maravilhas, se os que exercem o ministério de cura, se os que participam do governo da igreja, se os que levam as boas novas aos rincões da terra – quer homens ou mulheres – fossem verdadeiramente dominados pelo mesmo espírito de João Batista!´´ (CÉSAR, Elben M. Lenz. Desça do Elevador: um chamado à humanidade. Viçosa: Ultimato. 1996, p. 104).
Que sejamos ´´Joãos´´ do mundo contemporâneo, ousados, amantes sinceros da Palavra e verdadeiros praticantes dos ensinamentos do Cristo que cremos. Que nossas obras, mesmo quando for motivo de algum destaque, sejam unicamente para a glória do nome de Jesus; afinal, importa que Ele cresça e que nós diminuamos!
Que Deus nos abençoe!
Wantuil Júnior de Ângelo Lima
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